13 de julho de 2012

Unesp divulga classificação geral do vestibular 2012 de inverno

    Unesp (Universidade Estadual Paulista) liberou a lista geral de classificação do vestibular 2012 de inverno. Confira abaixo:
   Das 10h do dia 13 de julho até as 23h59 do dia 15, o candidato cujo nome constar na lista deverá cofirmar seu interesse pela vaga por meio do site das Vunesp.

   A primeira chamada será divulgada no dia 17 de julho e a matrícula deve ser realizada no dia 19, das 9h às 18h, no campus no qual o curso foi escolhido. Veja a lista de documentos exigidos, sendo duas cópias autenticadas ou duas cópias acompanhadas dos originais:
  • Certificado de conclusão do ensino médio ou equivalente;
  • histórico escolar completo do curso de ensino médio ou equivalente;
  • certidão de nascimento ou casamento;
  • RG (cédula de identidade) ou RNE (Registro Nacional de Estrangeiro);
  • título de eleitor, para brasileiros maiores de 18 anos;
  • CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) ou protocolo de solicitação;
  • certificado que comprove estar em dia com o serviço militar, para brasileiros maiores de 18 anos, do sexo masculino;
  • 2 fotos recentes 3 x 4.
   A segunda chamada será divulgada dia 21 e a matrícula deverá ser feita no dia 23 do mesmo mês.



Fonte: Uol Vestibular

18 de junho de 2012

Inscrições para o Sisu do 2º semestre começam hoje

As inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) do segundo semestre de 2012 começam nesta segunda-feira (18). No total, são ofertadas 30.548 vagas em 56 instituições públicas de ensino, sendo que 8.688 vagas são reservadas para políticas de ações afirmativas. As inscrições devem ser realizadas no www.sisu.mec.gov.br, até as 23h59 do dia 22 de junho.
Para fazer a inscrição, o candidato precisará do número de inscrição no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2011 e da senha cadastrada no exame. O candidato que tenha perdido algum desses dados, poderá recuperá-los no site do Enem.
Podem participar do Sisu os candidatos que fizeram o Enem 2011 e que tenham obtido nota maior do que zero na redação. Segundo o MEC, algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Nesse caso, no momento do cadastro, se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com esta informação.
Os interessados poderão se candidatar a até duas opções de curso.

Durante o período de inscrições, a classificação parcial e a nota de corte dos candidatos serão divulgadas diariamente no portal do Sisu para consulta a qualquer hora do dia.
A primeira chamada será divulgada no dia 25 de junho. A matrícula nas instituições de ensino deve ser realizada entre 29 de junho e 2 de julho. O candidato que for selecionado para a segunda opção ou que não atingir a nota mínima em nenhum dos dois cursos escolhidos pode permanecer no sistema e ser convocado na segunda chamada, que acontece a partir de 6 de julho. Quem não for selecionado em nenhuma das chamadas pode pedir inclusão em lista de espera.
A matrícula da segunda chamada irá acontecer nos dias 10 e 11 de julho. A convocação dos candidatos em lista de espera será feira pelas instituições de ensino a partir de 17 de julho.



Fonte: Uol Vestibular

5 de junho de 2012

Conheça os 34 tipos de Engenharia que existem


Guia do Estudante

Gosta da área de exatas? Cálculos e ciência são suas paixões? Então com certeza Engenharia seria uma ótima opção para você!

Cada graduação tem características e perfis próprios. Listamos todas as engenharias para você acabar com suas dúvidas e escolher a área que mais lhe interessa. Confira.

Engenharia Aeronáutica
É o ramo da engenharia que se ocupa do projeto e da manutenção de aeronaves e do gerenciamento de atividades aeroespaciais. O engenheiro aeronáutico envolve-se no projeto e na construção de todos os tipos de aeronave, como aviões, helicópteros, foguetes e satélites.

Engenharia Ambiental
É a engenharia voltada para o desenvolvimento econômico sustentável, ou seja, que respeite os limites dos recursos naturais. O engenheiro que atua nessa área desenvolve e aplica tecnologias para proteger o ambiente dos danos causa dos pelas atividades humanas.
Engenharia Cartográfica
É o ramo da engenharia que capta e analisa dados geográficos para a elaboração de mapas. O engenheiro cartógrafo faz pesquisas de campo e cálculos para elaborar mapas e cartas impressas ou digitais.

Engenharia da Computação
É o conjunto de conhecimentos usados no desenvolvimento de computadores e seus periféricos. O engenheiro da computação projeta e constrói computadores, periféricos e sistemas que integram hardware e software.

Engenharia de Alimentos
São as técnicas e os conhecimentos usados na fabricação, na conservação, no armazenamento e no transporte de alimentos industrializados. Esse profissional cuida de todas as etapas de preparo e conservação de alimentos de origem animal e vegetal.

Engenharia de Controle e Automação
É o ramo da engenharia que desenvolve e executa projetos de automação industrial. O engenheiro de controle e automação projeta e opera equipamentos utilizados nos processos automatizados de indústrias em geral, além de fazer sua manutenção.

Engenharia de Horticultura
São os conhecimentos usados no cultivo de plantas medicinais e ornamentais, na silvicultura e na produção de hortifrutigranjeiros. Esse profissional aplica tecnologia de ponta no cultivo de frutas, verduras, legumes, plantas ornamentais, medicinais e aromáticas ou que servem como condimentos.

Engenharia de Minas
É a engenharia que se ocupa da pesquisa, da prospecção, da extração e do aproveitamento de recursos minerais. O engenheiro de minas localiza jazidas e analisa o tamanho das reservas e a qualidade do minério no local.

Engenharia de Petróleo e Gás
É o conjunto de técnicas usadas para a descoberta de jazidas e para a exploração, produção e comercialização de petróleo e gás natural. O engenheiro de petróleo e gás atua em petroleiros, refinarias, plataformas marítimas e em petroquímicas.

Engenharia de Segurança do Trabalho
É o ramo da engenharia responsável por prevenir riscos à saúde e à vida do trabalhador. O engenheiro de segurança do trabalho tem a função de assegurar que o trabalhador não corra riscos de acidente sem sua atividade profissional, sejam eles danos físicos ou psicológicos.

Engenharia Elétrica
O engenheiro eletricista está presente em todos os aspectos que envolvem a energia, desde a geração, a transmissão, o transporte e a distribuição até o uso nas residências e no comércio. Além disso, planeja, supervisiona e executa projetos nas áreas de eletrotécnica, relacionadas à potência da energia.

Engenharia Florestal
É o ramo da engenharia voltado para o estudo e o uso sustentável de recursos florestais. O engenheiro florestal avalia o potencial de ecossistemas florestais e planeja seu aproveitamento de modo a preservar a flora e a fauna locais.

Engenharia Industrial
É a área que cuida dos recursos necessários à produção industrial. Esse profissional é o típico engenheiro de chão de fábrica, que acompanha de perto a implantação e a manutenção da infra-estrutura industrial, como redes de água e de gás, pontes e esteiras rolantes.

Engenharia Mecatrônica
É o ramo da engenharia que desenvolve e executa projetos de automação industrial. O engenheiro mecatrônico projeta e opera equipamentos utilizados nos processos automatizados de indústrias em geral, além de fazer sua manutenção.

Engenharia Naval
É a área da engenharia que cuida do projeto, da construção e da manutenção de embarcações e seus equipamentos. O engenheiro naval projeta a estrutura, os motores e os demais componentes de navios.
Engenharia Sanitária
É o ramo da engenharia voltado para o projeto,a construção, a ampliação e a operação de sistemas de água e esgoto. Esse profissional é fundamental para a preservação da natureza e de seus recursos.

Engenharia em Tecnologia Têxtil e da Indumentária
São os conhecimentos utilizados na cadeia produtiva têxtil, desde a fabricação de fios até a comercialização do produto final. O bacharel em Tecnologia Têxtil e da Indumentária concebe e desenvolve projetos e pesquisas tecnológicas ligadas à produção têxtil.

Engenharia Acústica
É o conjunto de conhecimentos usado para desenvolver novos sistemas eletro acústicos e para determinar a intensidade de ruídos e vibrações. O engenheiro acústico desenvolve técnicas e equipamentos para controlar o ruído ambiental visando ao bem-estar das pessoas.

Engenharia Agrícola
São as técnicas e os conhecimentos empregados no gerenciamento de processos agropecuários. O engenheiro agrícola projeta, implanta e administra técnicas e equipamentos necessários à produção agrícola.

Engenharia Biomédica
É a área da engenharia que cuida da concepção de equipamentos médicos, biomédicos e odontológicos, voltados para diagnóstico ou tratamento terapêutico. O engenheiro biomédico projeta a estrutura, desenvolve e monta os equipamentos e faz a sua manutenção corretiva e preventiva.
Engenharia Civil
Além de projetar, gerenciar e executar obras como casas, edifícios, pontes, viadutos, estradas,barragens, canais e portos, o engenheiro civil tem como atribuição a análise das características do solo, o estudo da insolação e da ventilação do local e a definição dos tipos de fundação.

Engenharia em Agrimensura
É o ramo da engenharia responsável pelo levantamento e pela medição de terrenos. O engenheiro agrimensor prepara áreas para obras urbanas, de infra-estrutura hidráulica, sanitária, elétrica ou de transportes.

Engenharia de Aquicultura
É o conjunto de técnicas e conhecimentos usados na criação de organismos aquáticos em cativeiro. O engenheiro de aquicultura projeta, executa e supervisiona a criação de peixes, crustáceos, moluscos e plantas aquáticas.

Engenharia de Energia
É o ramo da engenharia que planeja, analisa e desenvolve sistemas de geração, transporte, transmissão, distribuição e utilização de energia.

Engenharia de Materiais
É o ramo da engenharia voltado para a pesquisa de materiais e de novos usos industriais para os materiais já existentes. Esse engenheiro pesquisa e cria materiais, como resinas, plásticos, cerâmicas e ligas metálicas.
Engenharia de Pesca
É o setor da engenharia voltado para o cultivo, a captura e a industrialização de peixes e frutos do mar. O engenheiro de pesca estuda e aplica métodos e tecnologias para localizar, capturar, beneficiar e conservar peixes, crustáceo se frutos do mar.

Engenharia de Produção
É o ramo da engenharia que gerencia os recursos humanos, financeiros e materiais para aumentar a produtividade de uma empresa. O engenheiro de produção é peça fundamental em indústrias e empresas de quase todos os setores.

Engenharia de Telecomunicações
É o segmento da engenharia que se ocupa do projeto, da operação e da manutenção de equipamentos e sistemas de telecomunicações. Esse engenheiro desenvolve e implanta redes de telecomunicações.

Engenharia Física
É a aplicação de conhecimentos da Física na pesquisa e no desenvolvimento de materiais e tecnologias. É uma profissão muito nova no Brasil. A primeira turma formou-se em 2004.

Engenharia Hídrica
É o setor da engenharia que cuida da exploração, do uso e da gestão da água. Planejar e orientar a utilização das águas de bacias hidrográficas, prevenindo os impactos negativos que elas possam sofrer em consequência de atividades industriais, agrícolas e urbanas, é a principal função do engenheiro hídrico.

Engenharia Mecânica
É a área da engenharia que cuida do desenvolvimento, do projeto, da construção e da manutenção de máquinas e equipamentos. O engenheiro mecânico desenvolve e projeta máquinas, equipamentos, veículos, sistemas de aquecimento e de refrigeração e ferramentas específicas da indústria mecânica.

Engenharia Metalúrgica
É o conjunto de conhecimentos empregados na transformação de minérios em metais e ligas metálicas e em suas aplicações industriais. Com profundo conhecimento dos metais e de suas propriedades, esse engenheiro é responsável pelo beneficiamento de minérios e por sua transformação em metais e ligas metálicas.

Engenharia Química
É a área da engenharia voltada para o desenvolvimento de processos industriais que empregam transformações físico-químicas. O engenheiro químico cria técnicas de extração de matérias-primas, bem como de sua utilização ou transformação em produtos químicos e petroquímicos, como tintas, plásticos, têxteis, papel e celulose.

Engenharia Têxtil
São as técnicas e os conhecimentos utilizados na fabricação e no tratamento de fibras, fios e tecidos e na confecção de roupas. O engenheiro têxtil projeta as instalações, os equipamentos e as linhas de produção de tecelagens e indústrias de confecção de roupas.

25 de maio de 2012

Dilma veta partes do Código Florestal que favoreciam desmatamento



Após intensa pressão social, a presidente Dilma Rousseff vetou 12 artigos e fez 32 alterações em trechos do novo Código Florestal que promoviam o desmatamento. O projeto de lei, aprovado no Congresso no final de abril com 84 artigos, representou uma derrota do Governo ao perdoar desmatadores ilegais e permitir uso de área de vegetação nativa. As alterações serão feitas por medida provisória a ser enviada ao Congresso na segunda-feira (28), junto com o veto e sanção.
"O veto parcial foi feito para não permitir a redução da proteção da vegetação, para promover a restauração ambiental e para que todos pudessem fazer isso, sem que ninguém pudesse ser anistiado ou ter as regras flexibilizadas, além de alguns pontos que eram inconstitucionais ou ofereciam insegurança jurídica", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
"Não vai ter anistia para ninguém, todos devem recompor áreas desmatadas, mas isso seguirá o tamanho das propriedades", disse o ministro Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário. A medida provisória escalona as áreas a serem reflorestadas de acordo com o tamanho do rio e com o tamanho da propriedade.
Segundo levantamento do governo, 65% dos imóveis rurais tem de 0 a 1 módulo fiscal e correspondem a 52 milhões hectares e 9% da área agrícola do país. Já as propriedades até 4 módulos fiscais, designados como de agricultura familiar, representam cerca de 90% dos imóveis rurais e 24% da área agrícola.
"Dentre as alterações, 14 recuperam o texto do Senado, cinco são dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo", resumiu o ministro Luis Inácio Adams, da Advocacia Geral da União.
"Vamos recompor o texto do Senado, respeitar o Congresso e os acordos feitos", disse a ministra. "A decisão do governo federal é não anistiar desmatador e garantir que todos devem cumprir recuperação ambiental".
A ministra disse que aspectos do texto resgatados na proposta do governo são: só vai ter acesso a crédito rural que se cadastrar e regularizar em cinco anos. O governo volta ainda com os 50 metros de proteção nas veredas e com a definição de que manguezais são áreas de proteção, que estavam no texto do Senado.

Longo caminho

A legislação sobre o uso de florestas em propriedades privadas do país ainda está longe de ser finalizada. No texto sancionado pela presidente, que tramitou 12 anos no Congresso, sobraram poucas novidades. As principais disputas entre ruralistas e ambientalistas ficaram sem definição, como a área a ser recuperada em margens de rios com mais de 10 metros de largura.
Para preencher as lacunas, o governo envia uma MP ao Congresso. A MP têm força de lei desde a edição e vigoram por 60 dias, podendo ser prorrogadas uma vez por igual período, mas se não forem aprovadas no Congresso, expiram.
A medida vai primeiramente para a Câmara, onde os ruralistas são maioria --eles dizem contar com o apoio de mais de 300 dos 513 deputados, o que lhes dá vantagem nas decisões da Casa.
Os representantes do agronegócio querem que a lei amplie a área de produção (de agricultura e pecuária, entre outros) e não obrigue os proprietários a pagarem pelo reflorestamento ou multas. Eles afirmam que as alterações podem diminuir a quantidade de alimentos disponível no país. Já os ecologistas defendem a necessidade de uma maior proteção ao ambiente e à biodiversidade, além de cumprimento de multas já estabelecidas pela lei anterior.

Veto

As partes do texto que foram vetadas devem ser comunicadas em 48h para o presidente do Senado, com os motivos do veto. Ele será, então, apreciado em sessão conjunta do Congresso, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento. Se o prazo de deliberação for esgotado, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, para votação final.
Para derrubá-lo, é necessária a maioria absoluta. Seria preciso o apoio de 257 deputados e 42 senadores. A votação é feita conjuntamente, mas a apuração é feita de forma separada.  Começa-se a apurar pela Câmara e, se conseguirem o número mínimo necessário, tem início a apuração do Senado.
Se o veto das partes do texto for derrubado, o presidente do Congresso deve comunicar o fato à presidente e enviar o texto aprovado no Congresso, para que seja promulgado e publicado.
Por outro lado, se o veto parcial não for derrubado, o que foi rejeitado pelo veto somente poderá estar em novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.



Inscrições para o Enem 2012 começam nesta segunda-feira; veja o que muda na prova

O MEC (Ministério da Educação) anunciou oficialmente nesta quinta-feira (24) as mudanças e as datas de inscrição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012. A prova acontece nos dias 3 e 4 de novembro e as inscrições, no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), começam na próxima segunda-feira (28), a partir das 10h. Os candidatos terão até as 23h59 do dia 15 de junho para se inscrever. A taxa é de R$ 35. Alunos de escolas públicas são isentos.

As mudanças nesta edição dizem respeito, principalmente, à correção da redação: a nota mínima que autoriza uma nova avaliação do texto foi reduzida e se criou a figura da banca de avaliadores. Além disso, será possível ver a redação corrigida, porém, sem possibilidade de recurso por parte do estudante. O ministério também anunciou que vai divulgar, em julho, o "Guia do Participante", com exemplos de redação "de excelência" e explicações sobre a metodologia da correção.

Redação

 Na prova deste ano, dois corretores, a princípio, olham a redação do candidato. Se a diferença entre a nota final deles for superior a 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em cada uma das competências, um terceiro corretor entra em cena. A nota final será a média aritmética simples das menções “mais próximas”.

Caso a discrepância permaneça, uma banca, formada por três avaliadores, corrige novamente o texto. Ela, então, determina a nota final do candidato.

Na prática, o processo ocorre assim: se o corretor A, por exemplo, deu a um candidato nota 95 para a competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita) e o corretor B deu nota 180, a redação será automaticamente corrigida pelo terceiro avaliador, já que a diferença entre as duas menções será de 85.
São cinco competências e cada uma vale 200 -1.000 é a nota máxima na redação. Se as duas notas finais (a soma das cinco competências) tiveram uma diferença superior a 200 pontos entre os dois avaliadores, o terceiro corretor também atua. Em persistindo a discrepância, o texto vai para a banca.

Esta é a segunda mudança na diferença mínima de pontos para uma nova correção da redação. Nas edições de 2009 e 2010, era preciso que os dois corretores dessem notas com no mínimo 500 pontos de discrepância entre uma e outra para que houvesse uma nova avaliação. No ano passado, o limite caiu para 300; agora, são 200 pontos.
De acordo com o MEC, as redações terão que ter um mínimo de sete linhas para poderem ser corrigidas.


Veja o que mudou na correção da redação do Enem


Processo de correção                   Como era (em 2011)              Como ficou (em 2012)

Número de correções iniciais                             Duas                                                     Duas


Discrepância na nota total                   Igual ou maior que 300 na soma               Maior que 200 na soma total


Discrepância na competência                       Não existia                         Maior que 80 em qualquer competência


3ª correção                                               Supervisor (instância final)                     Correção independente


4ª correção em banca                                      Não existia                                        Banca (instância final)



Vista de provas

O anúncio de que os estudantes poderão ver uma cópia da redação do Enem atende, na verdade, a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado com o Ministério Público em agosto de 2011. No acordo, o MEC se comprometia a liberar a correção do texto no exame de 2012. Foi esse, inclusive, um dos argumentos do governo nos recursos contra as decisões judiciais que obrigavam o ministério a dar vista da prova no ano passado.


Fonte: Uol-Vestibular

Primavera Árabe expõe desafios da educação após ditaduras

Países que passaram pela Primavera Árabe levarão um longo tempo para reformar a educação, não apenas pelos impactos das revoluções, mas pelos anos de repressão sob o governo dos antigos líderes. Em meio a uma situação política ainda instável, os desafios educacionais de países como Tunísia, Egito e Líbia permanecem sem respostas.

"Vimos levantes contra repressão de muitos anos: 30, 40 anos. A voz do povo não era ouvida, suas aspirações não foram atendidas. Nesses regimes, para quem governava, foi importante suprimir todas as ideias de gestão, o cultivo de ideias e a capacidade de questionar, que são desenvolvidas no mundo ocidental", compara o educador britânico Eric Liddell, que trabalha com escolas do Oriente Médio, África e Ásia há 35 anos.

Confira 10 líderes autoritários que se perpetuaram no poder

A mudança de governo nesses países requer revisões no material didático usado para justificar os antigos regimes. Na Tunísia, país que se encontra mais estabilizado em relação aos demais, foi necessária uma grande modificação: desde os livros de história até os básicos de árabe, além da forma como a língua é ensinada, exemplifica Scott Lucas, especialista em relações internacionais do norte da África e do Oriente Médio da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.

Para ele, outro impacto das revoluções na educação é como lidar nas escolas com tópicos levantados pelo movimento na sociedade, como religião, etnias e desenvolvimento político e social do país. "Por exemplo, a questão de como o Islã é representado em uma sociedade multicultural, onde alguns não são religiosos e outros são muito religiosos. Isso tem sido muito importante na Tunísia no momento", pontua.

Acima disso, os futuros governos terão que pensar em quanto será gasto com educação, apesar de os cenários político e econômico desses países seguirem desestabilizados. No Egito, por exemplo, Heba Fatma Morayef, pesquisadora da organização Human Rights Watch na região, observa que não há grandes chances de uma nova política pública por enquanto.

"Os partidos islâmicos têm grandes planos para uma reforma na educação, então, pode haver mudanças significativas à frente. No momento, o parlamento tem sido bloqueado pelo gabinete que os militares insistem em manter, por isso a capacidade para implementar seus planos ficará mais clara meses depois das eleições presidenciais", comentou ao Terra.

Diferentes motivos levaram o povo de cada país a se rebelar contra o governo, e há aspectos educacionais distintos em cada um. Estatísticas da Unesco (órgão das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) mostram que 84,9% dos jovens egípcios são alfabetizados, enquanto na Líbia essa taxa sobe para 99,9%. Ao mesmo tempo, se o regime de Hosni Mubarak era mais preocupado em manter o poder das instituições e conseguir riqueza por meio delas, o povo sob o comando de Muammar Kadafi foi submetido a sua ideologia de estado. Para Lucas, isso significa que a Líbia está começando do zero, e agora precisa lidar com diferentes grupos étnicos e diferenças conforme a geografia. Como colocar todas essas vozes juntas por um sistema educacional?

"O desenvolvimento do ensino básico à universidade leva um tempo tremendo, não apenas para a formação de setores-chave como engenharia e medicina, porque se precisa desses serviços vitais para a comunidade, mas para todas as disciplinas. Há questões políticas, burocracias e necessidade de investimentos em longo prazo e de recursos. Dependendo do governo, eles vão investir o dinheiro onde poderão ter apoiadores", prevê o especialista da Universidade de Birmingham.

Na sala de aula

Para Eric Liddell, os desafios dependem da base com a qual se trabalha, que, por sua vez, depende do nível de repressão em que esses países se encontravam. Mais do que conteúdo essencial para alfabetização - que continua sendo ensinado -, o educador baseado em Leeds, no norte da Inglaterra, destaca outros aspectos em relação ao currículo escolar para atender às necessidades dessas novas democracias: liderança e gestão.

"Esses regimes falharam em ensinar habilidades como pensamento crítico, tomadas de riscos e de decisões. Eles criaram burocracias que não permitem o pensamento independente. No Cairo, as pessoas não trabalham de forma cooperativa, em grupo, porque precisam proteger suas próprias posições. Na Líbia, eles não pensam em suas responsabilidades sociais", afirma.

Como ensinar essas aptidões aos estudantes? Liddell, que por meio da empresa TFL Education leva cursos para escolas de países como Egito e Sudão, aposta em formas interativas de introduzir esses conceitos para a esses alunos, com jogos e vídeos. Na aula sobre liderança, o clube Barcelona serve como exemplo: não é necessário ser capitão do time para ser um líder. Messi não é o capitão, mas é um jogador decisivo. Na hora de defender um pênalti, o atleta mais importante é o goleiro. O educador usa a analogia para mostrar que todos têm a capacidade e que, às vezes, serão chamados para tomar a liderança - uma ideia nova para jovens que cresceram em um país que teve apenas um líder por décadas.

"O mundo, em 2012, apresenta todo um arranjo de novos desafios para os jovens, não apenas para os desses países. Quem serão os criadores e líderes de uma nova ordem? Não vai ser minha geração, mas, como educadores, temos um papel importante em preparar quem irá conduzir o mundo para esses novos tempos", opina Liddell.

8 de maio de 2012